sábado, 9 de julho de 2011

Sem saber

Ela estava lá. Parada. O olhar meio perdido. Balançou a cabeça e resolveu sair. Sim, precisava se livrar daquele pensamento.
Nas ruas movimentadas, tentou se concentrar nas vitrines, nas pessoas, nos carros.
Aquele barulho todo também não estava ajudando.
Onde haveria paz? Onde haveria o silêncio de que tanto precisava?
Andava, andava. Sentou-se num bar.
Colocou a cabeça entre as mãos e resolveu acender um cigarro.
Isso sempre ajudava. Sozinha no bar pediu uma música e foi atendida. Sorriu. Ainda havia lugares que podia frequentar.
Intolerante. Seria essa a palavra?
Nos últimos dias sua capacidade de concentração foi terrivelmente abalada, e não sabia o quê exatamente havia provocado aquilo. Mas podia, sim, listar alguns agravantes.
Tomou sua bebida e levantou-se. Acompanhou a multidão.
Sem perceber conseguira silenciar o pensamento, e já nem ao menos sabia do que se tratava. Agora seguiria o caminho junto com os outros, não importando para onde estavam indo.

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