segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

As explicações



Pensei em "censurar" algumas partes do texto abaixo, mas acho injusto comigo e com tudo o que eu disse.
A primeira pessoa a quem sempre mostro meus textos se mostrou imensamente insatisfeita com minha realidade, não importando se ela á a minha realidade ou a realidade do mundo. Afinal de contas isso só interessa a mim. Ninguém quer realmente saber se tudo se passa na minha cabeça, no meu coração ou se não existe simplesmente.
Todo mundo espera que você sorria sempre, que adore viver, que ame incondicionalmente quem está ao seu lado.
Não sei ao certo que explicações dar e nem se elas são necessárias. Acredito piamente que as pessoas que realmente me conhecem sabem do que eu falo, sabem o que eu sinto e sabem porque escrevo.
É impossível descrever esse misto de sentimentos que toma conta de mim em qualquer momento do dia, e mais difícil ainda explicar como todos eles se confundem e como mudam a cada 5 segundos.
São 09:57 horas de uma segunda feira que começou, como dizemos, com o pé esquerdo. Não sei se quero "corrigir" nada.
Gostaria apenas de dizer que as verdades são muitas, e mudam, porque nada é fixo e eterno. Talvez a imagem que façam de nós, por um erro cometido ou por uma coisa linda que fizemos uma única vez na vida, é que perdure na cabeça das pessoas eternamente. Se você errou meu caro, as pessoas se lembrarão disso pra sempre. Se você acertou, lembrarão uns poucos dias, meses talvez, mas suas vitórias entrarão para sua prateleira particular e provavelmente só você terá acesso a elas.
O que eu tento dizer é que não estou escrevendo meu diário, escrevo e reescrevo, mudo de idéias após escrever e nada fica eternamente aqui.
Não posso agradar a todos, nem posso ser tão imprudente e dizer que minha vida é um poço de felicidade quando não é. E porquê? Porque eu não mudo nada. Porque eu continuo sentada no meu egoismo já citado esperando os dias passarem, esperando que as pessoas possam ler as entrelinhas, que saibam distinguir uma coisa da outra: a que escreve e a que vive; a que anda pelas ruas, que conversa com as pessoas, que dá risada e que sente imenso prazer em fazer as pessoas rirem. A pessoa que defende o que pensa, e o que os outros pensam. A pessoa que mesmo que não concorde, acredita que o outro tem pleno direito de se manifestar da maneira que achar que deve, que acredita que é.
A foto? Ah... bem, eu choro. Choro porque apenas eu me compreendo. Porque as pessoas fingem que te entendem com um propósito que ainda não descobri. Algumas por medo das loucuras que julgam que você é realmente capaz de fazer, outras porque acreditam que essa é sua missão: entender o próximo não entendendo a si mesmo. Quem sabe ao certo porque fazem isso?
Verdades? Elas não existem, ou melhor existem tantas que você pode escolher a que quer usar agora, a que te serve melhor no trabalho, na escola, em casa ou diante do espelho, cara a cara com você.
Quanto à mim? Escreverei sobre as árvores. Deve afinal haver um certo consenso no tocante de que elas são necessárias.
O que resta? Se alguém precisar, desculpe por ser direta demais ou totalmente indireta. Sincera demais ou muito presa ao mundo que criei, e que muito provavelmente só eu entendo e acredito que exista.
De resto? De resto eu continuo aqui. Fazendo o que sempre fiz: lutar para que alguma coisa pareça certa, para que nem tudo pareça a merda que às vezes parece ser. E tentando acreditar que todo mundo é diferente de mim.
O que é escrito fica, o que é sentido passa. O que é dito? Nada.
O que fazer? Acreditar, talvez. E guardar minhas mémorias num caderninho que é mais seguro.
O blog? Ah... o blog irrita muita gente. Falaremos da natureza...

Um comentário:

  1. Com erros, medos, verdades, amor ou sentimentos passageiros, pq ainda estamos ensaiando...

    Beijos

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