segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Imaginário



Pulsa. Meu coração.
Corre. O tempo.
Páro e penso.
É pena, já passou...


Não quero morrer sem deixar nada.
Não quero partir deixando nada mais que meus medos, minhas incertezas e meus desejos não realizados.
Mas me pergunto: como e quando abandonarei de vez essa inércia?
Não encontro respostas.


A cada dia pareço desperdiçar meus sonhos, meu tempo, meus planos.
E parece que faço isso desacreditando. Sim.
Desacredito que sejam possíveis, que sejam viáveis.
Talvez porque pareça mais fácil assim.
As dúvidas, as únicas que jamais cessam.
Inventamos motivos, desculpas para nosso fracasso(?). As desistências. Inúmeras.
Haverá um dia em que nos daremos conta desse nosso auto-boicote e mudaremos isso? É possível fazer isso?
Será que estamos fadados a puxar nossos próprios tapetes?
Seria talvez o medo do incerto?
Medo de viver uma vida que seja diferente do vazio cotidiano, mas - ao menos em nosso imaginário - confortável, na qual assentamos nossos sonhos? Os mesmos que depois abandonaremos?
Não sei. Não sei se é possível saber. Ou se é possível tirar as vendas de meus olhos que me impedem de ver adiante.
Continuo aqui, sentada com um cigarro na mão. Imaginando que sim, que essa inoperância se transforme em ação, Ação consciente.
Mas aqui, sentada. Olhando minha fumaça. A mesma que imagino, levam meus sonhos e planos...






2 comentários:

  1. ...comentá-la é praticamente julgá-la, sei que em alguma parte do teu entendimento verá tal premissa como uma desculpa para não fazê-lo novamente, porém não gosto de julgá-la, submetê-la ao meu julgamento seria não merecê-la, por outro lado, meus comentários não estão aqui para deprecia-la e sim para exaltá-la, o que também não é um meio justo de apreciar uma possível obra literária, então ei de me portar de uma forma crítica, análise crítica dentro do meu limitado entendimento de literatura para um post. Todo comentário que aqui farei é em relação exclusiva ao texto por ti descrito.

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  2. viva a subjetividade bourscheidiana hhahahahaa

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