tag:blogger.com,1999:blog-25299624719792376952024-03-05T04:51:47.492-03:00Crônicas de NanaNana Damascenohttp://www.blogger.com/profile/11899651761582590921noreply@blogger.comBlogger70125tag:blogger.com,1999:blog-2529962471979237695.post-42890606808365377262017-02-13T15:54:00.002-02:002017-02-13T15:54:53.496-02:00De volta. Existem coisas que só acontecem para atormentar as pessoas.<br />
Uma dessas coisas foi a inclusão do 9º dígito no celular. O sul foi a última região a passar pela mudança e uma tragédia aconteceu: deixei de receber a mensagem para acesso no meu blog, ou ex-blog, pelo visto, já que não consigo nem mesmo entrar no infeliz para alterar o número do celular. Assim, como diz o ditado, a boa filha (embora não creia que seja uma boa filha) a casa torna.<br />
Em breve repassarei pra cá todos os textos. Haja paciência...<br />
E bem vindos de volta.Nana Damascenohttp://www.blogger.com/profile/11899651761582590921noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2529962471979237695.post-48244127446153887542011-12-11T10:53:00.004-02:002011-12-11T11:02:52.991-02:00ATENÇÃO: Casa Nova!!<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLJr12Bpo2n5K6huNapEejjkNVWd8HUizmTBFY_Fhw8OlczcRreMMw826SXAVZ2VwpXmDk1TRaHm4fR7vxSfPl8gzEuFCxBXNwh9LtygmAPXScIQndF6aqiGY8pm_KGjQ-xXSuD27ty9U/s1600/Foto0648.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 240px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLJr12Bpo2n5K6huNapEejjkNVWd8HUizmTBFY_Fhw8OlczcRreMMw826SXAVZ2VwpXmDk1TRaHm4fR7vxSfPl8gzEuFCxBXNwh9LtygmAPXScIQndF6aqiGY8pm_KGjQ-xXSuD27ty9U/s320/Foto0648.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5684854040674288818" /></a><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'courier new'; ">Foram bons anos aqui no Blogger. Mas eu gosto demais de mudanças. E resolvi mudar algumas coisas para que 2012 realmente tenha uma cara nova. E a primeira mudança vem um pouco antes do início do ano. É uma casa nova para minhas publicações!</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Espero continuar nesta que é a minha mais prazerosa atividade. E espero também que possa, de alguma maneira, contribuir para que alguém, pelo menos, não se sinta tão só neste mundo!</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >O Novo endereço: </span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" ></span><a href="https://cronicasdenana.wordpress.com/">https://cronicasdenana.wordpress.com/</a></div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" >Até breve!</span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div>Nana Damascenohttp://www.blogger.com/profile/11899651761582590921noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2529962471979237695.post-91443853274403004712011-11-06T18:08:00.003-02:002011-11-06T18:29:59.475-02:00Hay días que no sé lo que me pasa...<p align="justify"><span style="font-family:courier new;color:#993300;"><br /><br /><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dxYB8tWED0yQL7A48ds59Y2RbbabO8GCm98jyqoea2CkR60GVThFS7MotzEVP6GcvGAuZxldpcHOzOl0YLsOQ' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe></span></p><br /><br /><p align="justify"><span style="font-family:courier new;color:#993300;">Há dias em que realmente não sei o que se passa, porque parece que tudo anda tão mal. Em alguns dias tudo parece correr bem, tudo parece ser "normal". Em outros, no entanto, a dor de viver cresce desmesuradamente. A canção na qual se ouve "cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é" explica bem esse sentimento. Sim, a dor de viver!</span></p><br /><br /><p align="justify"><span style="font-family:courier new;color:#993300;">Busco, freneticamente, aplacar toda essa dor, essa confusão aprendendo coisas novas ou tornando novas as coisas velhas, aprendendo a olhar tudo com um novo olhar, lutando contra o que parece ser mais forte que eu. Culinária, artesanato, leituras, animais, conversas, encontros, passeios. Tudo é cuidadosamente avaliado na intenção de fazer do dia uma coisa menos desesperadora, menos angustiante. E, às vezes, até consigo.</span></p><br /><br /><p align="justify"><span style="font-family:courier new;color:#993300;">Passo longas horas rindo, brincando e concentrada numa nova tarefa, ou numa velha tarefa. Concentrada nos novos olhares sobre as coisas de todo dia. Noutros, porém, por mais que não me dê conta, sou pega presa num passado que nem tenho certeza de ter existido. Ou num presente que deixa de existir, porque não vivido.</span></p><br /><br /><p align="justify"><span style="font-family:courier new;color:#993300;">As lágrimas misturam-se com a água do banho, ou nas ruas, com a chuva. Molham o travesseiro, aliviam e lançam dúvidas, medos e às vezes esperança.</span></p><br /><br /><p align="justify"><span style="font-family:courier new;color:#993300;">O difícil equilíbrio! Se houvesse um manual de viver talvez me fosse de grande ajuda. Por outro lado, poderíamos ter experiências genuínas de amor quando seguimos uma cartilha? E o que torna a vida tão terrivelmente profunda - em dores e em alegria - seria esse mesmo amor? O que não nos contam nos preserva ou nos priva? </span></p><br /><br /><p align="justify"><span style="font-family:courier new;color:#993300;">Há dias como hoje, em que muitas músicas parecem falar para mim, diretamente; em que por mais se tente, não se consegue sair do mesmo lugar. </span></p>Nana Damascenohttp://www.blogger.com/profile/11899651761582590921noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2529962471979237695.post-4758559624579458412011-10-18T18:52:00.004-02:002011-10-18T19:02:11.072-02:00Trinta dias<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgESPVPdr4PT31QYSjodgTXv9CN6uYx9B0N0fqlFxNDZ3CeJQR5K0q9lCQUqke7aAMHC4vNTVnbowGDUy0daretq8Zrn__XWrbf3_qtj8CXtRdExBzWX5TUgXJGw7xebfe5U0bu-G1mxeE/s1600/por.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 214px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgESPVPdr4PT31QYSjodgTXv9CN6uYx9B0N0fqlFxNDZ3CeJQR5K0q9lCQUqke7aAMHC4vNTVnbowGDUy0daretq8Zrn__XWrbf3_qtj8CXtRdExBzWX5TUgXJGw7xebfe5U0bu-G1mxeE/s320/por.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5664938286063487106" /></a><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Enquanto vocês esperam, talvez eu vá andando.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Não posso parar porque me lembro da dor.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Enquanto vocês ignoram, eu luto para crer.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Não posso mudar, eu preciso lutar.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Enquanto vocês esquecem, eu sofro. </span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Pedaços de mim se vão, dia a dia, aguardando uma resposta.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Vocês fecham os olhos e acreditam que isso é desnecessário.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Eu deito e grito para que o dia recomece. A noite me faz tremer.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Enquanto vocês continuam com suas vidas inventadas, suas felicidades compradas, suas verdades fabricadas, eu choro.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >E no choro me uno àquilo que ajudou a me construir, a me transformar, a fazer de mim o que sou. Tornamo-nos um.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >E enquanto vocês sorriem, eu procuro no vento o perfume, a imagem, a voz daqueles que lutaram para ver tudo diferente.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Vocês passam por tudo e não mudam.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >A vida passa por mim e tento juntar meus pedaços</span>.</div>Nana Damascenohttp://www.blogger.com/profile/11899651761582590921noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2529962471979237695.post-44237211609558625122011-10-16T18:23:00.003-02:002011-10-16T18:45:07.626-02:00Por que escrevo<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZ0i4x0NDT-Jmpp42ST6CHP12p5I2UglMjWUJk-D-Zy8QcOiD8_Kvwl40ZfThwjh9jxAxAELWevwvvJ_B5bX9T2a-37aXrAY_BBGQ9M-t6tjVgI7nyVFIIp4wmOUoHGOgOKF9rXuWWPn0/s1600/ppescuro.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZ0i4x0NDT-Jmpp42ST6CHP12p5I2UglMjWUJk-D-Zy8QcOiD8_Kvwl40ZfThwjh9jxAxAELWevwvvJ_B5bX9T2a-37aXrAY_BBGQ9M-t6tjVgI7nyVFIIp4wmOUoHGOgOKF9rXuWWPn0/s320/ppescuro.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5664189027510893906" /></a><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Há diversas razões para escrever. Algumas me movem mais que outras. Mas todas elas me levam para uma viagem por lugares lindos ou por lugares que temo</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Às vezes saio renovada, outras cansada e deprimida, mas após cada experiência tenho a oportunidade de ver as coisas de um modo diferente.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >De vez em quando escrevo porque sou melhor escrevendo que falando.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Outras porque me falta coragem para olhar nos olhos.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Às vezes escrevo pois entendo que é assim que posso ser EU, de verdade.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Escrevo para que alguém, ao ler, não pense mais estar sozinho.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Para que alguns possam rir, para que outros vejam que é possível.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Escrevo para irritar algumas pessoas e para saudar outras.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Escrevo porque isso me alegra, porque me alivia, porque sinto que posso compartilhar minhas dores e minhas vitórias.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Escrevo, às vezes, para não me sentir tão só, ou para que não se sintam sós.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Escrevo porque minha mente não consegue parar. Porque minha alma necessita deste momento.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Escrevo, enfim, para não esquecer, mas também, para não ser esquecida</span>.</div><div><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQXf8S-kJWQau-EwCbe8wswJPkJx1cXWqUMXCG6uyTuC9QNdnpWlyS0VXjyIqlivzq4aLW2V_IbK7EalGKt_GV38M3WoJfCxkbw-x95YT2YIQ1RVyENcMt8jwVF4mop2NKDeaUt_71ah0/s1600/ppescuro.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><br /></a><br /><br /></div>Nana Damascenohttp://www.blogger.com/profile/11899651761582590921noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2529962471979237695.post-80326505339848924752011-10-08T10:35:00.002-03:002011-10-08T10:39:46.148-03:00Versando<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5LISzlWtqsCkCSeqIHxA2I7o3q98qQuOwMiOLHH_J6ujyYqfBaPaLBYZ5WSow4LIhlAtI4apoN7lJCnc8Bn_MIFsgtLoMPk3aAslHLFdgLKhgoa-1rEy3K_FViT3bDSC88y6E7FJ1EWM/s1600/2001-11-14-sjb10.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 134px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5LISzlWtqsCkCSeqIHxA2I7o3q98qQuOwMiOLHH_J6ujyYqfBaPaLBYZ5WSow4LIhlAtI4apoN7lJCnc8Bn_MIFsgtLoMPk3aAslHLFdgLKhgoa-1rEy3K_FViT3bDSC88y6E7FJ1EWM/s200/2001-11-14-sjb10.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5661115475352187874" /></a><br /><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" ><span class="Apple-style-span" style="font-size: 16px; color: rgb(0, 0, 0); "><div style="text-align: justify; "><span class="Apple-style-span" >Meu coração acelera</span></div><div style="text-align: justify; "><span class="Apple-style-span" >Toda vez que tento encontrar</span></div><div style="text-align: justify; "><span class="Apple-style-span" >Aquelas palavras de amor</span></div><div style="text-align: justify; "><span class="Apple-style-span" >Que a boca insiste em negar</span></div><div style="text-align: justify; "><span class="Apple-style-span" >Com lágrimas nos olhos</span></div><div style="text-align: justify; "><span class="Apple-style-span" >Deixo a esperança chegar</span></div><div style="text-align: justify; "><span class="Apple-style-span" >Para que com sua sabedoria</span></div><div style="text-align: justify; "><span class="Apple-style-span" >Possa minh'alma acalmar</span></div><div><span class="Apple-style-span" ><br /></span></div><div><span class="Apple-style-span" ><br /></span></div></span></span></div>Nana Damascenohttp://www.blogger.com/profile/11899651761582590921noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2529962471979237695.post-13890380253451690612011-09-21T19:29:00.003-03:002011-09-21T19:31:36.460-03:00Perdas ou Um triste feliz aniversário<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_lzpFvtx4dQFusHNmi_iiEKY6xUOTlLtEDCFpHCSoWTWXhMh63MTA2RcPORC6merDvzN6CRgCKI18yyPUKuI0wFcjOcpSU6RXLxc3BqSFpyyp19-BUtaV31D4Kv_6G3TIxlWfor9EvuI/s1600/digitalizar0009.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 273px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_lzpFvtx4dQFusHNmi_iiEKY6xUOTlLtEDCFpHCSoWTWXhMh63MTA2RcPORC6merDvzN6CRgCKI18yyPUKuI0wFcjOcpSU6RXLxc3BqSFpyyp19-BUtaV31D4Kv_6G3TIxlWfor9EvuI/s320/digitalizar0009.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5654943687978810738" /></a><div><div style="text-align: justify; "><span class="Apple-style-span" >Com o tempo a dor parecerá machucar menos, mas ainda machucará. A lembrança por vezes nos fugirá, passaremos instantes acreditando que nada disso aconteceu.</span></div></div><div style="text-align: justify; "><span class="Apple-style-span" >Em alguns outros momentos a realidade se fará ainda mais cruel e tentará destruir nossos sonhos, acabar de vez com nossas esperanças, abalar qualquer porto seguro que acreditemos ter construído.</span></div><div style="text-align: justify; "><span class="Apple-style-span" >E nossa mente tentará nos ludibriar, confundindo os desejos com a realidade. E nos perguntaremos, trêmulos, se tudo foi mesmo verdade.</span></div><div><div style="text-align: justify; "><span class="Apple-style-span" >E olharemos os recortes de jornais, buscaremos atualizações e não as veremos, e saberemos que a nossa perda é real. Que nossa dor não é infundada, que muitas palavras ficarão para sempre sem serem ditas. Que muitos planos não se concretizarão. Que os sonhos foram mesmo perdidos...</span></div><div style="text-align: justify; "><span class="Apple-style-span" >Por mais que busquemos respostas, talvez elas não cheguem à nós. Por mais que tentemos fechar os olhos e recordar os momentos felizes, uma hora as imagens irão ficar borradas em nossa memória, e recorreremos às fotos, às imagens congeladas, que guardarão para sempre um sorriso infantil, um brilho peculiar nos olhos, a face de um eterno jovem.</span></div><div style="text-align: justify; "><span class="Apple-style-span" ><br /></span></div><div style="text-align: justify; "><span class="Apple-style-span" ><br /></span></div><div style="text-align: justify; "><span class="Apple-style-span" ><br /></span></div><div style="text-align: justify; "><span class="Apple-style-span"><br /></span></div><div style="text-align: justify; "><span class="Apple-style-span"><br /></span></div><div align="justify"><span class="Apple-style-span">N<span class="Apple-style-span" >ão há nada que possa expressar a dor da perda. Não há lágrimas que nos cansem de lutar contra este sentimento. Não haverá dias suficientes para superar. Mas temos e teremos sempre, a alegria de ter tido em nossas vidas a presença de um ser especial.</span></span></div></div><div align="justify"><span class="Apple-style-span" >Essa é uma pequena homenagem ao amigo Tiago Gustavo Crozatti Machado, morto no dia 18/09/2011. Hoje, <b>21/09/2011</b> seria seu aniversário de 30 anos. Será para sempre um menino.</span></div>Nana Damascenohttp://www.blogger.com/profile/11899651761582590921noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2529962471979237695.post-36129813843386692102011-08-21T17:19:00.003-03:002011-08-21T17:39:26.340-03:00Sobre família, fé e férias<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfIHawoMEXYikpusiO0qUk3Y6ATCHHiYQX_8Gej8xlLyYO4DGl1heGbsCcrlCar8BA_BL2TBnjG3qrIdsboZFmsPkATcM5nZfTc2gow0EeF4ruHBUjNWnotg3qoyikAlg50v4zQoUEqd0/s1600/SAM_1222.JPG" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfIHawoMEXYikpusiO0qUk3Y6ATCHHiYQX_8Gej8xlLyYO4DGl1heGbsCcrlCar8BA_BL2TBnjG3qrIdsboZFmsPkATcM5nZfTc2gow0EeF4ruHBUjNWnotg3qoyikAlg50v4zQoUEqd0/s320/SAM_1222.JPG" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5643406898885843586" /></a><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Cada pessoa tem um dia só seu, a cada um dos doze meses do ano, para ser feliz sem perguntar o porquê, para cantar pelas ruas, para rir sem motivo, para ser plenamente feliz. Foi o que meu irmão me disse esse ano. Confesso que às vezes me pego sorrindo no caminho de ida e volta pra casa, sem nenhum motivo aparente, mas nunca pensei que aquele poderia ser um dia diferente dos outros. Diferente porque era meu. Só meu. O meu dia no mês.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Penso agora que esse dia importante serve também para nossos encontros com as forças superiores, sejam elas quem forem. São os dias em que nada pode nos fazer brigar a sério, em que tudo nos parecerá lindo, em que as cores são mais nítidas, as músicas mais melodiosas, o vento, a brisa que tanto esperamos.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Esses dias mágicos podem nos fazer, ainda que por poucos instantes, ver a vida com uma beleza ímpar, agradecer pela vida, pelos ensinamentos e pelas pessoas que nos cercam. Nestes dias aprendemos o valor das coisas e das pessoas, da nossa vida. Neles podemos captar, mesmo que por rápidos momentos, o real significado da vida.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >O triste de saber isso, é saber que passamos os longos doze meses do ano sem atentar para estes dias. Nem ao menos paramos para refletir sobre qualquer coisa. Nosso mundo egoísta, frio, competitivo nos ensina que temos horário a cumprir, metas a alcançar e pouco ou nenhum tempo para sonhar, para sermos quem somos.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Podemos fazer qualquer coisa - cantar na rua, amar, sorrir - em qualquer outro dia do mês, do ano. Mas me pergunto se sentiremos a mesma emoção que neste dia que é nosso.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Houve um dia, pelo menos, em que pude identificar essas coisas. Um dia em que soube - depois da lição de meu irmão - que a escolha do dia pode mudar a percepção de algo. Se eu tivesse feito a minha viagem à Aparecida num dia meu, talvez tivesse saído de lá com outra visão. Mas nem sempre podemos esperar pelo "belo dia", e pode ser que esperando, não tenhamos a leveza de saber quando ele o é.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Porém, se no dia em que aprendi esta preciosa missão, não estivesse feliz, leve - como estamos nos dias que são nossos - e pronta para ouvir, não tivesse visto a beleza nas palavras daquele homem, que é parte importante de minha vida, parte importante de algo que só há pouco tempo aprendi a apreciar: minha família.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Posso dizer, enfim, que por mais curtas que tenham sido minhas férias, trouxe, para toda a vida, preciosas lições.</span></div>Nana Damascenohttp://www.blogger.com/profile/11899651761582590921noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2529962471979237695.post-79663510633750502282011-08-01T12:15:00.002-03:002011-08-01T12:36:18.425-03:00Sobre o silêncio<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxYyQG465k2wWCuA-6Cvnn7gjMKS9bih3Dcf8hNpJw7s6T8YcYEWpyCXx7ajb3X8x7XepLPQKUUn5sVOeQvCqR3JSnsiIdWglv9SHcmeSGOtoGQCHwdUdcO0bhUuYVeXeaYztzsMLld68/s1600/3368023225_5956bc2cc3.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 214px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxYyQG465k2wWCuA-6Cvnn7gjMKS9bih3Dcf8hNpJw7s6T8YcYEWpyCXx7ajb3X8x7XepLPQKUUn5sVOeQvCqR3JSnsiIdWglv9SHcmeSGOtoGQCHwdUdcO0bhUuYVeXeaYztzsMLld68/s320/3368023225_5956bc2cc3.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5635906720132749618" /></a><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >A propósito da discussão sobre o direito de expressão, uma frase tem martelado minha mente. Algo que ouvi - pela primeira vez - há muitos anos na escola: "posso não concordar com o que você diz, mas defenderei até a morte o direito de você dizê-lo".</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Críamos que o direito der se expressar era algo que já não podia ser contestado, mas não é o que vemos.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Posso ser a favor do casamento entre pessoas do mesmo sexo (como realmente, sou), mas se for contra devo manter-me calado.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Quando alguém se manifesta contrariamente a esta questão - e a muitas outras - é massacrado.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Não defendo, em absoluto, a posição de pessoas que vieram a público criticar, negativamente, os homossexuais, por exemplo. O que questiono é o peso da imposição de silêncio para a discussão, para o desenvolvimento intelectual. É como se um professor pedisse um trabalho sobre um assunto qualquer e desse notas baixas a quem discordasse dele, de suas próprias ideias, ainda que o aluno tivesse feito um trabalho excelente.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Como estimular discussões, aprimorar ideias, alimentar debates construtivos se silenciar todo aquele que discorda de mim?</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >A violência, a discriminação, isso deve ser combatido - e punido. Mas, creio eu, não se alcança sucesso silenciando o diferente. Fazer isso, a meu ver, é repetir os erros que levamos séculos para banir. É o mesmo que condenar à fogueira o que vê deus de uma maneira diferente da visão dominante.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Calar o outro - por mais que esse outro tenha ideias que nos desagradem - não faz desaparecer o problema. Em alguns casos pode alimentar uma bomba que poderá explodir a qualquer momento, causando imenso estrago...</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Deverá haver limites? Acredito ser perigoso cair neste mérito. Será, sim, preciso usar de bom senso, mas que isso não signifique o emudecimento dos contrários.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Que o silêncio venha da reflexão, não da imposição de alguns.</span></div>Nana Damascenohttp://www.blogger.com/profile/11899651761582590921noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2529962471979237695.post-1701808367459167362011-07-31T15:59:00.003-03:002011-07-31T16:42:43.663-03:00Estamira<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjyKPfLONc33MtN6NSuverqu8FcfM3FZlyRXm0OrF67W_iAAtiohTCVrmYzm-AzvI5NPWRE1Hd-HDqTugHy8SDOL4vf9Ik7yMafH0FcDvQVZL-MwRSQjQb_ZW-DVu9B_cReOnSg-cnjcjY/s1600/estamira_f_005.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 174px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjyKPfLONc33MtN6NSuverqu8FcfM3FZlyRXm0OrF67W_iAAtiohTCVrmYzm-AzvI5NPWRE1Hd-HDqTugHy8SDOL4vf9Ik7yMafH0FcDvQVZL-MwRSQjQb_ZW-DVu9B_cReOnSg-cnjcjY/s320/estamira_f_005.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5635593152450933650" /></a><div style="text-align: justify;">Assisti ao documentário Estamira na noite de sábado (30/07/2011) e a questão que surgiu depois foi como pessoas como ela permanecem no mais completo "silêncio". Eu defendi que ela teve uma grande sacada. Mas ouvi que não, já que ela mesma havia dito que gostava de ajudar mas nunca "fez nada", isto é, nunca foi atrás de alguém que a ouvisse, ou pudesse escrever suas ideias.</div><div style="text-align: justify;">Como afirmar isso, vendo que os que a cercavam, em sua maioria, a tinha como louca? Que credibilidade tem um cidadão como ela?</div><div style="text-align: justify;">Por mais útil, por mais certo, por mais profundo, sábio, incrível, significativo que seja o que se tem a dizer, quem pára, realmente, e ouve o que as estamiras têm a dizer? Quem são os moradores de barracos, os catadores de "lixo", os mendigos?</div><div style="text-align: justify;">Nós não nos interessamos por eles; queremos que permaneçam escondidos, invisíveis, em absoluto silêncio.</div><div style="text-align: justify;">É preciso ter credenciais para falar, para ser ouvido. E as credenciais são muitas: diplomas, terno e gravata, imagem pública "positiva", dinheiro. Principalmente dinheiro.</div><div style="text-align: justify;">Sem estas credenciais você não tem o direito de reivindicar seu espaço para falar e ser, efetivamente, ouvido.</div><div style="text-align: justify;">Você pode falar e muitos o fazem, mesmo sem as credenciais. Mas quantos são ouvidos? Quantos são ouvidos e compreendidos? Quantos são ouvidos e levados a sério?</div><div style="text-align: justify;">A Estamira conseguiu ser ouvida. Mas quantos a compreenderam? Quantos questionaram a vida e suas "verdades" depois do documentário? Quantos não a viram somente como louca? Quantos, enfim, querem saber da "verdade"? São muitas as perguntas, creio eu, mas poucas as respostas.</div><div style="text-align: justify;">Num mundo onde falar deveria ser, no mínimo, facilitado graças ao avanço da tecnologia e do acesso aos inúmeros meios de comunicação hoje existentes, temos mais exclusão. "Quem é você na ordem do dia?". Se seu nome não diz nada no google, suas "credenciais" não são válidas.</div><div style="text-align: justify;">Neste mundo onde deveríamos, pelo menos, poder falar, muitos de nós ouvem apenas uma ordem: permaneça em silêncio.</div>Nana Damascenohttp://www.blogger.com/profile/11899651761582590921noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2529962471979237695.post-45045121290159886522011-07-25T17:38:00.002-03:002011-07-25T18:16:39.412-03:00Minha Sampa<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjh3GDL5aLhAy7Pu-XybXsM9Q5fT0LtVpWXVZnenZOAoS-BIQf2hQENC5yKB6e0cKHy6dSROYoUDwYbqFg_F6vjj2w9el-QhinjfCfA0gPUhW8MaR4D9N73965cbE7j83eEFkHFtayceMw/s1600/vista_aerea_sp_marcos_hirakawa.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 214px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjh3GDL5aLhAy7Pu-XybXsM9Q5fT0LtVpWXVZnenZOAoS-BIQf2hQENC5yKB6e0cKHy6dSROYoUDwYbqFg_F6vjj2w9el-QhinjfCfA0gPUhW8MaR4D9N73965cbE7j83eEFkHFtayceMw/s320/vista_aerea_sp_marcos_hirakawa.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5633398619419763618" /></a><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Eu acredito que a gente passa boa parte da vida procurando um lugar que seja nosso, um lugar onde pareçamos estar inteiros. Pelo menos é a impressão que tenho.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Sempre ouço as pessoas dizerem algo como "nada como a casa da gente" ou "nada como um feriado no campo" ou ainda "nada como um fim de semana no litoral". Ou seja, essa busca por um lugar onde as nossas energias são renovadas, onde, quem sabe, a esperança ressurja. Algumas pessoas voltam completamente energizadas das montanhas, outras do litoral, outras do campo e outras ainda de um bar, uma biblioteca, da casa dos pais. Eu renovo as minhas energias em São Paulo.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Nasci naquela cidade que para mim é linda, completa. Saí de lá há muitos anos, quando ainda não podia fazer minhas opções, e nunca mais voltei. Já larguei tudo muitas vezes, mas ainda não larguei tudo para voltar para casa e confesso que não sei bem o porquê. Às vezes penso que pode ser pelo medo de ver minha terra encantada se dissolver frente à dureza da vida, das almas cansadas, das lágrimas, das dores. De longe, tudo é lindo e perfeito. Por pouco tempo é minha terra prometida. E tenho, sim, medo de acabar com tudo isso. </span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Por outro lado, a sensação única que me toma o corpo toda a vez que estou chegando lá... É algo tão mágico que tenho medo de nunca mais sentir. Não há nada que possa substituir esse sentimento, nem há palavras para explicar o que sinto. E o que vem quando preciso voltar é a dor. A dor de separar-me de minha mãe-terra.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" ><span class="Apple-style-span" >Como em breve estarei levando minhas baterias para recarregar, não pude deixar de expressar o maior amor por aquela que desperta tantos sentimentos controversos nas pessoas: a minha cidade, a minha terra da garoa, a minha casa, minha Sampa</span>.</span></div>Nana Damascenohttp://www.blogger.com/profile/11899651761582590921noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2529962471979237695.post-67355481718906157632011-07-25T17:21:00.002-03:002011-07-25T17:36:56.033-03:00Abstinência<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmQclJ6Pm4WgKLvQyghRwCZbpLRl_JZ4K7wqTCbKffg7_KAwlNYoWSi8QtL6lHVMrEQaeh1CmrTWferKznKsSOFVa8V7SQrqmIzg5O71RGsQosDUBVmfUhh2U-frbLl8XFK_Ru0oSk4_U/s1600/textos.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 267px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmQclJ6Pm4WgKLvQyghRwCZbpLRl_JZ4K7wqTCbKffg7_KAwlNYoWSi8QtL6lHVMrEQaeh1CmrTWferKznKsSOFVa8V7SQrqmIzg5O71RGsQosDUBVmfUhh2U-frbLl8XFK_Ru0oSk4_U/s320/textos.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5633388300627859522" /></a><span class="Apple-style-span" ><div style="text-align: justify;">Há alguns dias sem livros, minha cabeça começa a não funcionar mais direito.</div></span><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Tenho as revistas que assino, os sites, as redes de relacionamento, as páginas de notícias e os de livros online, enfim, uma série de opções, mas meu cérebro não aceita esses "genéricos". Para ele, concebido e aprimorado através dos métodos tradicionais (risos) a coisa só faz sentido através do bom e velho livro. Quando eu pego um livro, não importa do que se trata, eu sinto a história dele, sinto a vida que pulsa nele e através dele. O computador não tem essas coisas, é artificial demais, frio demais. Você não desliga um livro, você o fecha e o deixa de lado, e ele fica ali, olhando você, te encarando até que te vence e você volta à leitura. O computador obedece fria e secamente ao comando de desligar. </span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >As minhas ideias continuam aqui, brotam feito as pragas do jardim, sem necessitar de qualquer cuidado, mas elas parecem frágeis, meu corpo parece frágil, minha inspiração... É como se sem os livros o imenso universo que existe para mim se tornasse menos real, envolto na névoa, fugindo de mim a uma velocidade que não posso acompanhar. </span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Essa sensação deve ser como a de não pensar mais, só que de maneira angustiante. É quase como sentir falta de ar. Os livros são alimentos para mim. E essa fase de abstinência é sofrida, é doída, é triste.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Mas é uma das poucas formas de me forçar a encarar as coisas que não estão escritas numa folha de papel e tentar me interessar por elas. Se sairei da experiência com a sanidade intacta ainda é um mistério, mas estou quase descobrindo o significado de "paciência de Jó", e isso já deve ser bom.</span></div><div><div style="text-align: justify;"><br /></div></div>Nana Damascenohttp://www.blogger.com/profile/11899651761582590921noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2529962471979237695.post-2929982359661119792011-07-17T17:53:00.002-03:002011-07-17T18:06:59.873-03:00Manchas<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqehIJo8lskoHh8VBKTx9qk9j3Op0a9lx3oKoiC440-dJHRmeLF7xl2Ib0l8uJgnMH5fq9Jfu5wcKt8mXwILc98Iw8fJMkAhQAsq420ucNZkKSqvi0SDyypUVy1dtq3wM92IqY4NVBz4I/s1600/sangrando.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="text-align: justify;float: left; margin-top: 0px; margin-right: 10px; margin-bottom: 10px; margin-left: 0px; cursor: pointer; width: 320px; height: 283px; " src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqehIJo8lskoHh8VBKTx9qk9j3Op0a9lx3oKoiC440-dJHRmeLF7xl2Ib0l8uJgnMH5fq9Jfu5wcKt8mXwILc98Iw8fJMkAhQAsq420ucNZkKSqvi0SDyypUVy1dtq3wM92IqY4NVBz4I/s320/sangrando.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5630427491725278994" /></a><span class="Apple-style-span" ><div style="text-align: justify;">Aquilo que calo também me mata. O que falo também magoa.</div></span><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Das palavras que mancham o papel, poucas expressam o que sinto. E o que sinto, não sei se posso dizer.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >De cada silêncio aprendo um pouco da alma, da minha alma, da alma dos outros.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >De cada olhar fixo o momento. O momento em que vi algo que não foi, e nem será dito. De cada lágrima vertida retiro o segredo, o segredo das palavras que se perdem no vento, que perdem no coração.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >De cada página compreendo a história. Histórias que não cabem em livros. Histórias sem fim, histórias alegres e dolorosas, mas que papel algum poderá guardar, que lápis algum saberá transcrever, que boca alguma poderá falar, que ouvido algum compreenderá, que poucas almas saberão.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Histórias que vejo no brilho de um olhar, no tremor de algumas mãos, nos lábios que calam, no vento que me traz sua voz ainda que ninguém mais possa sentir.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" ><span class="Apple-style-span" >Palavras que são apenas manchas diante de tudo o que é possível viver. Manchas que jamais serão apagadas, pois que estão gravadas onde ninguém jamais conseguirá chegar: no fundo de uma alma cansada de verter lágrimas e palavras que poucos querem compreender.</span></span></div>Nana Damascenohttp://www.blogger.com/profile/11899651761582590921noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2529962471979237695.post-65849731889353559882011-07-09T18:29:00.003-03:002011-07-09T18:53:53.567-03:00Sem saber<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtZtwiMx76m1VsNoJkRKJdUxltM2QH-k9mmsykbYCvev2utHWRVIrY_xN_sONWT32J9AnNuKVG2Mx7kDfGueLNF-Fetliadt8cMdUKxm6KZ9md0pqq9FmzlhA3SuLxoSJ-pmlyo5VmP5E/s1600/andando+no+escuro.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 213px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtZtwiMx76m1VsNoJkRKJdUxltM2QH-k9mmsykbYCvev2utHWRVIrY_xN_sONWT32J9AnNuKVG2Mx7kDfGueLNF-Fetliadt8cMdUKxm6KZ9md0pqq9FmzlhA3SuLxoSJ-pmlyo5VmP5E/s320/andando+no+escuro.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5627472124190471554" /></a><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Ela estava lá. Parada. O olhar meio perdido. Balançou a cabeça e resolveu sair. Sim, precisava se livrar daquele pensamento.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Nas ruas movimentadas, tentou se concentrar nas vitrines, nas pessoas, nos carros.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Aquele barulho todo também não estava ajudando.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Onde haveria paz? Onde haveria o silêncio de que tanto precisava?</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Andava, andava. Sentou-se num bar.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Colocou a cabeça entre as mãos e resolveu acender um cigarro.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Isso sempre ajudava. Sozinha no bar pediu uma música e foi atendida. Sorriu. Ainda havia lugares que podia frequentar.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Intolerante. Seria essa a palavra?</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Nos últimos dias sua capacidade de concentração foi terrivelmente abalada, e não sabia o quê exatamente havia provocado aquilo. Mas podia, sim, listar alguns agravantes.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Tomou sua bebida e levantou-se. Acompanhou a multidão. </span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Sem perceber conseguira silenciar o pensamento, e já nem ao menos sabia do que se tratava. Agora seguiria o caminho junto com os outros, não importando para onde estavam indo.</span></div>Nana Damascenohttp://www.blogger.com/profile/11899651761582590921noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2529962471979237695.post-85083774437946828012011-06-18T16:21:00.002-03:002011-06-18T16:40:06.891-03:00Fazendo falta<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRvJFqj_89_FIx8vAaOjOUE76QFpsodmpgV2hTiInezL_jULo2U6g5KgDvGisKql6i38_TTJUhKOSwJkReaMNJstWpnjuRTg3kjzO95aE5JNzHy9kwCnlKXnNOMVkKj-IRnuNsaNwCztk/s1600/natureza-morta-0bae3.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRvJFqj_89_FIx8vAaOjOUE76QFpsodmpgV2hTiInezL_jULo2U6g5KgDvGisKql6i38_TTJUhKOSwJkReaMNJstWpnjuRTg3kjzO95aE5JNzHy9kwCnlKXnNOMVkKj-IRnuNsaNwCztk/s320/natureza-morta-0bae3.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5619642820499019826" /></a><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >H<span class="Apple-style-span" >á alguns anos me perguntaram se eu era feliz.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Naquele tempo eu ainda não sabia. Mas também não pude dar esta resposta. As pessoas se sentem mal se você não alega ser feliz.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Para mim a felicidade parece ser mais coisa de momento. É mais estar do que ser. Mas conheço gente que se diz feliz. Sendo feliz, sempre.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >E dizem que ter saúde, casa, família, amigos é ser feliz. Pensando deste modo - e eu não penso - não haveria quase nenhuma infelicidade no mundo. </span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >No entanto, as pessoas parecem contentes, satisfeitas, acomodadas. Não me parecem felizes; não plenamente. Mas não posso falar pelos outros. Cada um, afinal, já diz a canção, sabe a dor e a delícia de ser o que é.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Não é que eu seja a pessoa mais infeliz do mundo, mas confesso que quando imaginava meu futuro, não o via da forma como é hoje, não imaginava sentir o que sinto. E sei que boa parte do que vivo é por conta dos caminhos que escolhi. Não é culpa de outras pessoas. No máximo os outros podem complicar um pouco, ou não colaborar com isso ou aquilo. Mas temos a obrigação de não permitir que nos façam infelizes.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Então o que falta?</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Falta algo dentro de mim. Falta algo que talvez exista, talvez não seja coisa de livro. Falta aquela vontade louca de viver todo dia, de se alegrar com o canto dos pássaros, com o vento no cabelo, com uma música que toca quando você passa e te faz lembrar dos bons tempos.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >Ou pode ser que algumas pessoas passem a vida numa busca sem fim por esta tal felicidade.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" ><span class="Apple-style-span" >Tem dias em que eu não sinto, mas em alguns outros a felicidade faz uma grande falta</span>.</span></div>Nana Damascenohttp://www.blogger.com/profile/11899651761582590921noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2529962471979237695.post-86969810663527894682011-05-08T16:48:00.002-03:002011-05-08T17:04:17.172-03:00Capas<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPSJBZpK_KjxkfNapIHhhkkyj5kKH_TkYqDTwN6A7jN5yvI5t93d7-ZO0wva7QwFNmg_E7j1hJ0-i1ZuhP_I62V8w-A-l4-0FHpleCUk94Pp13mxj6RfqND9uN-ifF8dJ-g-CWjALY7HY/s1600/livros_antigos1.jpg"><img style="MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 320px; FLOAT: right; HEIGHT: 240px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5604435536583642898" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPSJBZpK_KjxkfNapIHhhkkyj5kKH_TkYqDTwN6A7jN5yvI5t93d7-ZO0wva7QwFNmg_E7j1hJ0-i1ZuhP_I62V8w-A-l4-0FHpleCUk94Pp13mxj6RfqND9uN-ifF8dJ-g-CWjALY7HY/s320/livros_antigos1.jpg" /></a><br /><br /><br /><div align="justify"><span style="font-family:courier new;color:#660000;">Por vezes, no fim da tarde, sentada em uma velha cadeira na varanda de casa, observando as folhas que caem das árvores, penso em como a vida poderia ter sido caso algumas escolhas tivessem sido feitas. Como uma simples atitude poderia ter feito a diferença... Poderia mesmo haver essa diferença?</span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:courier new;color:#660000;">O vento me lembra que ainda estou ali, e que em breve o sol terá se posto. Entro e sento nos braços de uma velha poltrona na sala. Olho pela janela. Um gato roça minhas pernas.</span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:courier new;color:#660000;">Olho para outro canto. Minha estante repleta de livros. Livros que fizeram minha vida, que completaram meus dias, que criaram personagens novos. Que me fizeram parar ou seguir em frente. Sempre me dei bem com as palavras. E não muito bem com as pessoas.</span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:courier new;color:#660000;">Levanto-me e acaricio as lombadas de meus livros. Para onde irão após o meu fim? Alguém sentirá por eles o mesmo que eu? Terão um dia a importância que têm para mim?</span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:courier new;color:#660000;">Não importa. Nada mais importa.</span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:courier new;color:#660000;">A esta altura não devo mais me preocupar com isso. Não mais. Toda história tem seu fim, afinal. E a nossa não será diferente, penso.</span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:courier new;color:#660000;">Olho novamente pela janela. Encosto a mão no vidro e depois, a testa.</span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:courier new;color:#660000;">Olho para trás. Suspiro. </span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:courier new;color:#660000;">Assim como a capa de meus livros, minha vida perdeu a cor e o brilho. E não há restaurador para esse tipo de coisa.</span></div>Nana Damascenohttp://www.blogger.com/profile/11899651761582590921noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2529962471979237695.post-66595012899534938852011-04-03T22:14:00.003-03:002011-04-03T22:22:55.772-03:00Discursos<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1zJbI1b18fSUum77SB1caKVbzRC1lOG3YSKOzTI1oVq4i5ktVQONV2__4eNYRHSpwSZi92RtjYhgnDf3VKI3TDyBgyn8NIFUzdQhp8k6ikBuFLOeZptQmJ9hq4jxivdx88Rctwbj_3AA/s1600/flormorta.jpg"><img style="MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 213px; FLOAT: right; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5591530755967736722" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1zJbI1b18fSUum77SB1caKVbzRC1lOG3YSKOzTI1oVq4i5ktVQONV2__4eNYRHSpwSZi92RtjYhgnDf3VKI3TDyBgyn8NIFUzdQhp8k6ikBuFLOeZptQmJ9hq4jxivdx88Rctwbj_3AA/s320/flormorta.jpg" /></a> <br /><div align="justify"><span style="font-family:courier new;color:#663333;">Disseram que era o melhor a fazer. Disseram que era o caminho correto a seguir. Eles deveriam saber o que fazer. Estavam há muito tempo naquele caminho.</span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:Courier New;color:#663333;">Em geral, as pessoas adquirem experiência e sabedoria durante a caminhada. Não poderiam errar... Eram dignos de confiança...</span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:Courier New;color:#663333;">Deveria acreditar em suas palavras, pareciam que eram ditas com carinho e com aquela certeza que somente poucas pessoas possuem. Era preciso confiar neles.</span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:Courier New;color:#663333;">A estrada desenvolvia-se tortuosa, longa, empoeirada. Mas era seguro. Eles disseram que era.</span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:Courier New;color:#663333;">Pediram que acreditasse, que não tivesse dúvidas. Que fosse adiante, que no fim... - ah, o fim - estaria tudo ok. Tudo sairia bem.</span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:Courier New;color:#663333;">A caminhada era extenuante. Mas o resultado prometia ser maravilhoso. Valeria cada passo, cada lágrima, cada minuto de dor e medo. </span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:Courier New;color:#663333;">Eles incentivavam. Sempre. Continue. Siga adiante.</span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:Courier New;color:#663333;">Para onde? Não há final nesta estrada!</span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:Courier New;color:#663333;">Vocês se enganaram. Vocês me enganaram, meus caros!</span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:Courier New;color:#663333;">Vocês mentiram!</span></div>Nana Damascenohttp://www.blogger.com/profile/11899651761582590921noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2529962471979237695.post-17391876437062455612011-03-19T22:50:00.003-03:002011-03-19T23:03:03.368-03:00A cada livro<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9CVjBl9d9KpmsGCs4T1W8f54gspcA9JfSnt89LCraTNKwzODpR4Tj79M7nlJeICVwRXoiBAXmjQgXwhgKSSayhjcO84iiluxalSP1BQ2LV9AGDCzaZaPqHevMZ41QNmmCqRhNW7LQB-U/s1600/livrodroga.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 320px; FLOAT: left; HEIGHT: 240px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5585973987547261074" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9CVjBl9d9KpmsGCs4T1W8f54gspcA9JfSnt89LCraTNKwzODpR4Tj79M7nlJeICVwRXoiBAXmjQgXwhgKSSayhjcO84iiluxalSP1BQ2LV9AGDCzaZaPqHevMZ41QNmmCqRhNW7LQB-U/s320/livrodroga.jpg" /></a><br /><br /><div align="justify"><span style="font-family:courier new;color:#660000;">Os livros são para mim como drogas. Como imagino que as drogas sejam para um viciado.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:courier new;color:#660000;">Ao pegá-los não posso mais deixá-los até que chegue ao fim.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:courier new;color:#660000;">Devoro-os como se deles dependessem minha vida, como se a falta deles pudesse me deixar sem ar.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:courier new;color:#660000;">Perco o sono, a vontade de comer, de fazer qualquer outra coisa que não seja acabar com ele, absorver cada linha, cada ideia, cada página...</span></div><div align="justify"><span style="font-family:courier new;color:#660000;">Durante toda a leitura, a tensão se espalha pelo corpo, os ombros rijos, o pescoço dolorido, a face contorcida.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:courier new;color:#660000;">Ao fim, uma certa tranquilidade, o sentimento de missão cumprida. Um sorriso frouxo nos lábios. O êxtase. O clímax da droga.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:courier new;color:#660000;">E depois... Bem, depois aquela agonia outra vez.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:courier new;color:#660000;">O desespero em busca de outro livro, de outra história, de outras teorias.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:courier new;color:#660000;">Linhas que me hipnotizam, me prendem, me dominam.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:courier new;color:#660000;">Impaciência.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:courier new;color:#660000;">O nervosismo me leva a morder a parte interna da boca, os lábios, os dedos. Não é possível prestar atenção em nada. Em ninguém.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:courier new;color:#660000;">Arranco os cabelos, mexo as pernas incontrolavelmente. Até que eles cheguem. O entregador é aguardado com extrema ansiedade.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:courier new;color:#660000;">Aquela caixa contém a minha droga. O meu alívio.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:courier new;color:#660000;">Sento-me na cadeira, próxima à janela. E abro um novo mundo. Aventuro-me por ele, descubro novas fontes de alegria, aguço a curiosidade, alivio as tensões. Transporto-me para um outro universo e não posso mais pertencer à realidade ao meu redor.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:courier new;color:#660000;">Somente tenho olhos e sentimentos para aquelas páginas de papel à minha frente.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:courier new;color:#660000;">Tranquilizo-me até me dar conta que o fim está próximo. E desabo frente à verdade estampada nas folhas brancas repletas de palavras: vai começar tudo de novo...</span></div>Nana Damascenohttp://www.blogger.com/profile/11899651761582590921noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2529962471979237695.post-76291335815287459942011-03-06T10:53:00.003-03:002011-03-06T11:08:46.562-03:00Prisão<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIVepJ7ANaVU3-36ev21azkidvwdqj4SUwVaxubogrF65t-rsMZPbfQ-g5Epj_xG3-9jsBz8AUv-w1NduYCMVU0yRdGlSN4d2hEAp1Kik4xTSMTSfHTcRCd4hXbAfwb_MArBwAjrCgq8o/s1600/prisao2.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 320px; FLOAT: left; HEIGHT: 240px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5580964782009321218" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIVepJ7ANaVU3-36ev21azkidvwdqj4SUwVaxubogrF65t-rsMZPbfQ-g5Epj_xG3-9jsBz8AUv-w1NduYCMVU0yRdGlSN4d2hEAp1Kik4xTSMTSfHTcRCd4hXbAfwb_MArBwAjrCgq8o/s320/prisao2.jpg" /></a><br />Sentia-se uma intrusa em sua própria casa. Era como se até o leve som de seus passos denunciassem a indesejada presença, como se por algum motivo ela não devesse estar ali.</div><div align="justify">Era como se ela fosse uma invasora: algo de tal forma incompatível com o lugar que o ar que respirava parecia denso demais, ou até tóxico, àqueles a quem sua existência parecia agredir.</div><div align="justify">Houve um tempo em que desejara um lar repleto de paredes, muitas. Um mundo de certa forma imenso e onde a descoberta seria lenta e instigante.</div><div align="justify">Agora era diferente. Tudo o que desejava era a segurança e o conforto de quatro paredes. Quatro paredes bem definidas onde seus olhos pudessem esquadrinhar cada centímetro, onde o horizonte fosse logo ali, onde somente sua respiração - e nada além dela - pudesse ser sentida. Um lugar que fosse inteiramente seu. Um lugar seguro, enfim.</div><div align="justify">Um universo exclusivamente seu onde nada e ninguém pudessem fazê-la sentir-se tão distante de si mesma. Seu universo. Onde poderia viver aquela vida ímpar e ter a garantia de que nada interromperia a brisa leve de seus pensamentos.</div>Nana Damascenohttp://www.blogger.com/profile/11899651761582590921noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2529962471979237695.post-73223221180102915652011-01-22T16:19:00.002-02:002011-01-22T16:31:43.509-02:00Sobre pessoas<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjiBdjT6thTRW4Ox46eCNNgjj5MXy6Bq04ph3NHUA80CJWpkGhRsb0_b5vLoNLjCdUqsAbq8SiuB__2rF_Lsuv-gX9ABeeOANnxaNHGpHLP2MghlyiKMhyphenhyphendx38w50NW84MxNe-VnpJTruA/s1600/noite.jpg"><img style="MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 320px; FLOAT: right; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5565079507153336274" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjiBdjT6thTRW4Ox46eCNNgjj5MXy6Bq04ph3NHUA80CJWpkGhRsb0_b5vLoNLjCdUqsAbq8SiuB__2rF_Lsuv-gX9ABeeOANnxaNHGpHLP2MghlyiKMhyphenhyphendx38w50NW84MxNe-VnpJTruA/s320/noite.jpg" /></a><br /><div align="justify"><span style="color:#006600;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvFq6FiC5QJYlUXIwtr1NQneIOK-uoQxEqE-L796odAOvGXEXrtQkhl-s9ijfPrqL6gT1raEUYOrWdhTEYdDT9rH1RV_O3H6gPPqLWXPZYkPYQh4hI-gt0aI5thPOG8biGFty6TP0jwgQ/s1600/noite.jpg"></a><span style="font-family:courier new;">Existem pessoas que têm um dom. Uma capacidade incrível de fazer algo. Mesmo que seja algo ruim.<br />Certas pessoas conseguem com poucos atos - algo como um sorriso cínico, uma olhada implacável, um simples movimentos das mãos, às vezes do corpo - estragar por completo o dia dos outros.<br />E muitas vezes nem ao menos se sentem culpadas por isso. De certa forma parecem seguir adiante tendo a sensação da missão cumprida.<br />Com uma palavra, ou mesmo se abstendo destas, destroem esperanças, afastam quem os cerca, deixam o ar pesado, afastam o desejo de sorrir, tornam as pessoas inseguras ou as deixam sem saber como agir, beirando, às vezes, o medo.<br />Com sua presença enchem o espaço que poderia ser preenchido por alegria e leveza, fazem do silêncio uma arma e de qualquer palavra de carinho motivo para envergonhar.<br />Pessoas que, pelo simples fato de respirar, podem fazer calar os demais.<br />Pessoas que fazem desejar o fim do dia, o fim da folga, o fim das férias. Pessoas que fazem com que você se arrependa de estar onde está. Com uma intensa capacidade de irritar aos demais, de aborrecer os que ficam por perto.<br />É, eu sou exatamente este tipo de pessoa...<br /></span></span></div><br /><div></div>Nana Damascenohttp://www.blogger.com/profile/11899651761582590921noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2529962471979237695.post-71039620291575438162011-01-12T17:59:00.007-02:002011-03-19T18:54:34.025-03:00Então, o dia...<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgp8HrLoueC-unEU0XSTEB7pK_7xwgbuNJ0dVl2EeeMLpFV1lG5_SmS5A5hd1aVA5tdHPFIJESiTzDy9xjWhqq6q0HuhXEDoJwDmpFMYL3y0jqjQ_EbMsQS4a9Lxr1fj4lD3rDq1pov1a0/s1600/render.jpg"><span style="font-family:courier new;color:#990000;"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 320px; FLOAT: left; HEIGHT: 227px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5561392371930464434" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgp8HrLoueC-unEU0XSTEB7pK_7xwgbuNJ0dVl2EeeMLpFV1lG5_SmS5A5hd1aVA5tdHPFIJESiTzDy9xjWhqq6q0HuhXEDoJwDmpFMYL3y0jqjQ_EbMsQS4a9Lxr1fj4lD3rDq1pov1a0/s320/render.jpg" /></span></a><span style="font-family:courier new;color:#990000;"><br /></span><br /><div align="justify"><span style="font-family:courier new;color:#990000;">Não sei bem por que, mas parece que quando eu era criança as mulheres de trinta eram mais velhas.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:courier new;color:#990000;">Minha mãe, por exemplo, aos 30 já tinha dois filhos: eu com 8 anos e meu irmão com 6.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:courier new;color:#990000;">Olhando para trás, minhas lembranças me traem. Pareço ver tais mulheres já com as marcas da idade estampadas no rosto e o início dos cabelos brancos, com tantos afazeres que somente em próprias fotos e lembranças poderiam lembrar-se da juventude.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:courier new;color:#990000;">Hoje, aos trinta anos, não consigo ainda imaginar-me assim. Ao olhar-me no espelho não enxergo a idade que os documentos insistem em afirmar.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:courier new;color:#990000;">Claro, a gravidade e a vivência deixaram suas marcas - e insistem em continuar deixando - mas porque diferem tanto das mulheres de minhas memórias?</span></div><div align="justify"><span style="font-family:courier new;color:#990000;">Aos dez anos eu achava que poderia morar sozinha e ser independente. Aos 18 parecia que estava velha demais, mas aos 20, quando enfim saí de casa, parecia uma garotinha assustada.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:courier new;color:#990000;">Hoje, bem... Continuo carregando velhas dúvidas, alimentando medos - os novos e os de outrora - mas é como se alguma coisa não acontecesse: como se de fato eu não estivesse ficando mais velha.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:courier new;color:#990000;">Vejo ainda a menina assustada e ao mesmo tempo destemida, cheia de sonhos. Vejo a menina que custa a levar algo a sério, mas que encara a vida com a seriedade própria de uma "geniosidade" ímpar.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:courier new;color:#990000;">Vejo uma menina. Sim, uma menina que parece andar na contramão da idade, na contramão da realidade, e talvez seja esta a fórmula.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:courier new;color:#990000;">Talvez seja o fato de alimentar tantos sonhos e de agir como se tudo fosse durar para sempre, ou de viver como se hoje fosse o meu último dia por aqui e desejar ficar em silêncio e sozinha até o fim. Não sei. Talvez não se possa saber.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:courier new;color:#990000;">Talvez as mulheres de hoje - de minha geração - tenham, em suas vidas, passado pelas coisas com mais leveza e alegria que as de outros tempos e isso nos dê a vantagem de não parecermos tão sérias (ou devo colocar outros termos?). Talvez seja nossa comida... Não sei. Não sei mesmo, e confesso que embora o fato de não saber me irrite, o fato de não saber também me anima. Pode ser esse o motivo de me considerar mais menina que mulher. Mais uma criança que ama brinquedos que uma adulta que assume, sem pestanejar, suas responsabilidades. Afinal, para que mais responsabilidades que a de garantir um dia inteiro de paz e alegria? Principalmente por não saber se será o último...</span></div><div align="justify"><span style="font-family:courier new;color:#990000;">O fato é que agora, aos meus longos trinta bem vividos anos, desejo não mudar muito; desejo que a natureza seja bem bondosa comigo - por que não sou muito dedicada - e que eu possa me considerar merecedora dos presentes que tenho recebido ao longo destas três décadas: uma família absolutamente maluca (e incluo aqui meus gatos) e os amigos mais incríveis que poderia existir. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:courier new;color:#990000;">Realmente, eu só tenho a agradecer. Pelo menos, por trinta vezes...</span></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"><span style="font-size:78%;color:#990000;"></span></div><div align="justify"><span style="font-size:78%;color:#990000;"></span></div><div align="justify"><span style="font-size:78%;color:#990000;"></span></div><div align="justify"><span style="font-size:78%;color:#990000;"></span></div><div align="justify"><span style="font-size:78%;color:#990000;"></span></div><div align="justify"><span style="font-size:78%;color:#990000;"></span></div><div align="justify"><span style="font-size:78%;color:#990000;"></span></div><div align="justify"><span style="font-size:78%;color:#990000;">* * *</span></div><div align="justify"></div><div align="justify"><span style="font-size:78%;color:#990000;">À propósito, escrevi este texto numa madrugada, em 16/01/2010, quase um ano antes, tamanho foi o desespero que tomou conta de minha alma no período pré-trinta...</span></div>Nana Damascenohttp://www.blogger.com/profile/11899651761582590921noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2529962471979237695.post-7285960397606179372010-12-30T18:08:00.004-02:002010-12-30T19:58:06.576-02:00Carta ao papai do céu<div align="justify"><span style="font-family:courier new;color:#990000;">2010 chegou ao seu fim. Este ano, mais que em outros, não fui lá a "boa menina", seja lá o que queira dizer com isso. Foi um ano em que discutimos demais e quase não chegamos a um acordo. Me lembro bem de ter começado o ano com alguma esperança e vê-lo correr e terminar, enquanto meus olhos mantinham-se úmidos de lágrimas. Lágrimas tristes.</span></div><div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9P8cvFd9xwKIFloNrdETlgwHfvKS09Tel1ICCEZxOQTNIhaa2eXZveXHSPOnVls24bxs_JWhallBgjHgqe6x3evTi9etBIKid2PoLEeYqBU_6Kcs2MDOo1IYjNHIG-4NwKZqWayTlzO0/s1600/Coleccion_cartas_fotos_Albert_Einstein_Margarita_Konenkova.jpg"><span style="font-family:courier new;color:#990000;"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 320px; FLOAT: left; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5556570785689327282" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9P8cvFd9xwKIFloNrdETlgwHfvKS09Tel1ICCEZxOQTNIhaa2eXZveXHSPOnVls24bxs_JWhallBgjHgqe6x3evTi9etBIKid2PoLEeYqBU_6Kcs2MDOo1IYjNHIG-4NwKZqWayTlzO0/s320/Coleccion_cartas_fotos_Albert_Einstein_Margarita_Konenkova.jpg" /></span></a><span style="font-family:courier new;color:#990000;"> Não lembro quando foi a última vez que lhe escrevi, mas certamente foi a tanto tempo que ás vezes acho que não me recordo mais como se deve fazer. Mas este ano, depois de tudo o que foi dito, penso que o único a fazer é voltar a escrever e falar com você, um pouco mais calma...</span></div><div align="justify"><span style="font-family:courier new;color:#990000;">Sei que muitas das coisas que deixo sob sua responsabilidade são na verdade minhas e que as deixo de lado por medo, insegurança ou simplesmente por preguiça.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:courier new;color:#990000;">Sei que tenho desistido rápido demais de meus planos e que em muitas vezes desisto antes mesmo de tentar. Reconheço minha culpa. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:courier new;color:#990000;">Mas também pediria que sua ajuda fosse me concedida com um pouco mais de frequência - e quem sabe, clareza, porque às vezes não desisto por nenhum dos motivos acima, mas só por não ter mais forças para lutar e me sentir tão só nesta luta.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:courier new;color:#990000;">De qualquer maneira, quero agradecer por inúmeras coisas que me aconteceram este ano. Neste 2010 que termina agora. Quero agradecer pelos amigos que conheci e pelos que consegui manter; pelos que reencontrei (estes especialmente) e pelos que mesmo à distância mantém contato. Quero agradecer por aprender, um pouco a cada dia, a ouvir as pessoas e a não me usar como modelo para elas, embora seja uma tarefa um tanto difícil.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:courier new;color:#990000;">Agradeço pelas pessoas que me amaram por todo este longo ano, mesmo quando eu as magoei e as deixei de lado para ver tv, para ler um livro que continuaria à minha espera ou por qualquer outro motivo banal. E agradecer por conseguir aprender alguma coisa com as dificuldades do ano. Agradecer por ter tido acesso a uma série de coisas, eventos e pessoas que de alguma forma puderam alterar minha forma de ver o mundo, ainda que na maior parte das vezes eu tenha escondido este aprendizado no fundo do armário, porque mudar é muito difícil.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:courier new;color:#990000;">E, claro, preciso me desculpar. Não exatamente com você, mas através de você às pessoas que abandonei, que ignorei, que magoei, que destratei por puro egoísmo, por pura má vontade. Me desculpar pelo sorriso não dado, pelo abraço negado. Pelas vezes em que me fiz de cega para não ver o que me dói, mas que certamente doía mais àqueles a quem ignorei, ou simplesmente para não ver o que não condizia com minhas crenças ou com minhas vontades.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:courier new;color:#990000;">Espero sinceramente que 2011 traga menos lágrimas de tristeza e mais de felicidade, que se possa suspirar, mas não de desânimo e sim de alegria, que se possa renovar a esperança na vida e nas pessoas, incluindo a nossa própria pessoa, uma vez que a perda da esperança em nós mesmos é uma das maiores dores e que não se pode ignorar - não por longo tempo.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:courier new;color:#990000;">Espero que o ano que começa seja mesmo bom, que as pessoas não esperem esta época para desejar felicidade e coisas boas às outras, mas que o façam todo o ano.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:courier new;color:#990000;">Que eu... Bem que eu possa por em prática o que aprendi, que possa tornar a vida de uma pessoa menos difícil e que ao menos possa fazer alguém não se sentir tão só... Talvez possa me ajudar a também não me sentir tão só.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:courier new;color:#990000;">Então, esta carta chega ao fim. Nossas discussões foram mesmo memoráveis, e ainda que eu tenha saído deveras magoada de algumas batalhas - especialmente com você - agradeço por ter permanecido aí, ouvindo e me perdoando quando, depois de um certo tempo, lhe dirigi a palavra de novo. Então, obrigada por eu ser desse jeito. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:courier new;color:#990000;">E que se abram as portas do novo ano!</span></div>Nana Damascenohttp://www.blogger.com/profile/11899651761582590921noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2529962471979237695.post-65444644213087253162010-11-29T17:43:00.004-02:002010-11-29T17:49:09.812-02:00Hoje<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIIRjxs9ySOiep2Bh8SeM3Txwh6U1nNlUxezQjOMLxjBlIndbmnHInt51pOo-oL6o3OwHoP3_gJBrt2l7q8vZR1L5MzWsZdjs5gPUx12-78SlgSXoL20Z5Wu5EJxeLj_MBhM2NiqkeVSk/s1600/Deserto_2.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 239px; FLOAT: left; HEIGHT: 152px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5545059930811746802" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIIRjxs9ySOiep2Bh8SeM3Txwh6U1nNlUxezQjOMLxjBlIndbmnHInt51pOo-oL6o3OwHoP3_gJBrt2l7q8vZR1L5MzWsZdjs5gPUx12-78SlgSXoL20Z5Wu5EJxeLj_MBhM2NiqkeVSk/s320/Deserto_2.jpg" /></a><br /><br /><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;color:#003300;">Apenas a sensação de um imenso vazio.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;color:#003300;">Uma dor que é impossível ser descrita, que sequer se pode imaginar.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;color:#003300;">Uma tristeza que invade cada centímetro do corpo, que impregna, que domina sem tréguas.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;color:#003300;">E os olhos fixos num ponto qualquer, no horizonte.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;color:#003300;">Hoje, de certa forma, o ano terminou.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;color:#003300;">E se você é incapaz de entender, talvez nunca tenha perdido todos os seus sonhos...</span></div>Nana Damascenohttp://www.blogger.com/profile/11899651761582590921noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2529962471979237695.post-12044691851111259772010-11-28T12:19:00.002-02:002010-11-28T12:49:04.737-02:00Eterno retorno<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifHlh8U7J8PJdfpS-LqXti0iPzSGV3L2F4v8LbNr7UAoZZNyjG_lMx4xgHm0DX3-2h1toUGn3U7DDUQk7nGbm-I5bLqJHKYJKvp6KT2n1SqFimSKzhNCd2mh2SjwuD17GShiZEOj8BpGs/s1600/papainoeltriste.jpg"><img style="MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 320px; FLOAT: right; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5544607180385732514" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifHlh8U7J8PJdfpS-LqXti0iPzSGV3L2F4v8LbNr7UAoZZNyjG_lMx4xgHm0DX3-2h1toUGn3U7DDUQk7nGbm-I5bLqJHKYJKvp6KT2n1SqFimSKzhNCd2mh2SjwuD17GShiZEOj8BpGs/s320/papainoeltriste.jpg" /></a><span style="font-family:trebuchet ms;color:#ff0000;">Mais um fim de ano. Para este blog, o terceiro. Para mim, o vigésimo-nono. E sempre é quase tudo muito igual.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;color:#ff0000;">Desde que me lembro as coisas não sofreram muita alteração e olha que muita coisa mudou, principalmente nos anos mais recentes.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;color:#ff0000;">Mas o fim de ano não.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;color:#ff0000;">Lá vamos nós com nossas inúmeras compras, nas infinitas filas, tentando acreditar - e alguns até conseguem - que um presentinho aqui e acolá vai minimizar todas as malvadezas do ano. Que todos aqueles "eu te amo" que não dissemos serão agora esquecidos, afinal aquele <em>Ipod </em>tão esperado agora será o preço do perdão... É realmente irritante.</span></div><div align="justify"><span style="color:#ff0000;"><span style="font-family:trebuchet ms;">Se houvesse mesmo um velhinho bondoso ele estaria meio triste este ano, as crianças que mandaram cartas pra ele não pedem mais paz em seus lares, nem uma comida boa pra noite de natal que reuniria a família. As crianças de hoje quase não escrevem mais cartas. Muitas delas porque não se aprende mais a escrever nas escolas, outras porque não sabem se o papai Noel tem <em>twitter</em>, e afinal, escrever cartas é tão <em>démodé...</em></span></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"><span style="color:#ff0000;">Família reunida? Ainda mais em volta de uma mesa arrumada pra isso? Não. Nós não temos mais tempo para celebrar essas coisas, nosso tempo é dinheiro e as pessoas são um tanto enfadonhas. Então, aquilo que dava um certo charme é o que anda mudando nesta época. Não para mim, a bem da verdade - h</span><span style="color:#ff0000;">á muitos anos que não me importo com isso e embora ache espetacular quando minha família se reúne, prefiro que não seja no natal. </span></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;color:#ff0000;">Ah, nossas crianças hoje esperam que o eterno bom velhinho traga as novidades do mundo <em>high tech</em> e da moda para suas imensas meias penduradas nas janelas, por falta das lareiras... Prova disso são algumas das cartas que li outro dia numa agência dos correios. Tênis sim, mas os "de marca" original. Material escolar sim, mas aqueles bem caros, que estão em destaque nas prateleiras caras das livrarias e papelarias.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;color:#ff0000;">Se insistem tanto em preservar o natal, os pais esquecem que deveriam colocar nas cabecinhas de suas pequenas crias que existe algo mais que o consumo desenfreado e vazio. Que o natal tem antes, um significado místico, transcedental. Mas os pais reproduzem aquilo que são. E tapam os buracos deixados pela falta de amor e atenção, com as últimas novidades do mercado.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;color:#ff0000;">E o natal vem pra ajudar. Pra ajudar o comércio, as famílias a mostrarem quanto vale seu amor e para continuar me aborrecendo. A mim e ao papai Noel.</span></div>Nana Damascenohttp://www.blogger.com/profile/11899651761582590921noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2529962471979237695.post-30500926238907652182010-11-28T11:53:00.003-02:002010-11-28T12:10:49.385-02:00O mundo e eu<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGb1w43ElOKaETEgY930vekiJLkDUWthqdJ7_36zwQH4LbtQ0bxEAv_vk-ckBvqTD_leh_XUJ3g2pRfoG_iXRTmJ2UEmjTUExm662zmOGgSCGyNAEFWpTCOSSNQungcZldSYbgBSuD9Qc/s1600/GALPO_%257E1.JPG"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 320px; FLOAT: left; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5544598644127417634" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGb1w43ElOKaETEgY930vekiJLkDUWthqdJ7_36zwQH4LbtQ0bxEAv_vk-ckBvqTD_leh_XUJ3g2pRfoG_iXRTmJ2UEmjTUExm662zmOGgSCGyNAEFWpTCOSSNQungcZldSYbgBSuD9Qc/s320/GALPO_%257E1.JPG" /></a><br /><span style="font-family:courier new;color:#660000;">Entre o mundo e eu há um imenso abismo. E poucas vezes eu os compreendo - nem ao abismo, nem ao mundo.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Courier New;color:#660000;">Lendo sobre as novas utilizações das coisas e da vida nos tempos modernos - que alguns denominam líquido - tento entender o que pode estar acontecendo, onde está o erro e se há um erro realmente.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Courier New;color:#660000;">O tempo para mim, este mesmo dos relógios, parece correr de maneira um tanto diversa do que corre para os outros, para os que se têm acostumado chamar normais. E, ao fim e ao cabo, não me parece preocupante.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Courier New;color:#660000;">Não consigo ver como um problema.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Courier New;color:#660000;">Claro que muitos discordam disso.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Courier New;color:#660000;">Todos os dias as pessoas acordam pensando - ou não tão claramente pensando - em se enquadrar, em andar na linha, em seguir, quase que religiosamente, as normas ditadas pela sociedade. E também faço um pouco disso, posto que, como qualquer outro, sou uma cria desta nossa sociedade cruel, irônica, perversa, com um senso de humor instável e perspicaz. Que também é o que me faz amá-la e odiá-la de maneira desmedida. Tão estranho é pertencer a ela e desejar não mais pertencer...</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Courier New;color:#660000;">O meu tempo, como dizia há pouco, é um tempo todo e só meu - será? - e desejo desesperadamente que eu possa mesmo fazer com ele o que me parece necessário e quando e se for necessário. Embora as pressões externas não me permitam tanto isso. De maneira que a sensação de sufocamento é inevitável.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Courier New;color:#660000;">E sigo - e seguimos - reproduzindo nosso "confortável" modo de vida, esperando que o tempo - o meu, o seu e o nosso - nos perdoe por qualquer coisa que não seja usá-lo de uma maneira mais leve, sem tantas regras, sem tantos protocolos.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Courier New;color:#660000;"></span> </div><div align="justify"><span style="color:#660000;"></span></div>Nana Damascenohttp://www.blogger.com/profile/11899651761582590921noreply@blogger.com0